quarta-feira, 16 de maio de 2012
Velha Infância
Lembro-me que a minha mãe corria atrás de mim para
eu comer os legumes.
O meu primo era o meu parceiro nas brincadeiras e
também nas asneiras. Aos fins de semana íamos para a roça e também para a
cachoeira.
Estudávamos na mesma escola. Éramos como irmãos,
inseparáveis. Lembro-me que quando ele tinha dores de cabeça, eu ia ao quintal
buscar folhas e misturava com água e dava-lhe para ele beber.
Todas as tardes pegávamos nas bicicletas e
andávamos pela cidade, que era pequena e onde todos nos conheciam.
A nossa avó sempre avisava-nos para não irmos para o
"cruzeiro", pois era um monte perigoso, mas éramos crianças curiosas
e gostávamos de aventuras.
Um dia decidimos subir o monte. Chegando ao topo,
sentámo-nos e observámos a cidade. De lá
avistava-se tudo, as pessoas pareciam formigas.
Quando foi a hora de descer fizemos uma corrida para
chegarmos mais rápido, por que já se estava a fazer-se tarde.
Chegando a casa, como sempre estava o nosso lanche em
cima da mesa. A nossa avó, como era habitual, perguntou-nos o que tínhamos
feito nesta tarde.
Respondemos – nada de especial
avó!
– Hum... sei, por acaso não
subiram o cruzeiro pois não?...perguntou ela.
Era claro que ela já sabia que tínhamos lá ido! Ficávamos
impressionados de como ela sabia sempre as coisas. Confirmámos que tínhamos ido
lá e continuávamos o lanche.
Lembro-me que todos os anos havia uma festa a que
chamávamos "cavalgada". Toda a gente se reunia para montar a cavalo.
A minha infância foi feliz, porque aproveitei-a bem e
com as pessoas de quem gostava.
A gente canta, a gente brinca,
a gente dança, na nossa velha infância.
Anna
Luizza Rios (7º4)
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