quarta-feira, 16 de maio de 2012
Velha Infância
Lembro-me que a minha mãe corria atrás de mim para
eu comer os legumes.
O meu primo era o meu parceiro nas brincadeiras e
também nas asneiras. Aos fins de semana íamos para a roça e também para a
cachoeira.
Estudávamos na mesma escola. Éramos como irmãos,
inseparáveis. Lembro-me que quando ele tinha dores de cabeça, eu ia ao quintal
buscar folhas e misturava com água e dava-lhe para ele beber.
Todas as tardes pegávamos nas bicicletas e
andávamos pela cidade, que era pequena e onde todos nos conheciam.
A nossa avó sempre avisava-nos para não irmos para o
"cruzeiro", pois era um monte perigoso, mas éramos crianças curiosas
e gostávamos de aventuras.
Um dia decidimos subir o monte. Chegando ao topo,
sentámo-nos e observámos a cidade. De lá
avistava-se tudo, as pessoas pareciam formigas.
Quando foi a hora de descer fizemos uma corrida para
chegarmos mais rápido, por que já se estava a fazer-se tarde.
Chegando a casa, como sempre estava o nosso lanche em
cima da mesa. A nossa avó, como era habitual, perguntou-nos o que tínhamos
feito nesta tarde.
Respondemos – nada de especial
avó!
– Hum... sei, por acaso não
subiram o cruzeiro pois não?...perguntou ela.
Era claro que ela já sabia que tínhamos lá ido! Ficávamos
impressionados de como ela sabia sempre as coisas. Confirmámos que tínhamos ido
lá e continuávamos o lanche.
Lembro-me que todos os anos havia uma festa a que
chamávamos "cavalgada". Toda a gente se reunia para montar a cavalo.
A minha infância foi feliz, porque aproveitei-a bem e
com as pessoas de quem gostava.
A gente canta, a gente brinca,
a gente dança, na nossa velha infância.
Anna
Luizza Rios (7º4)
Itália, 1 de
Fevereiro 2010
Querida amiga,
Desembarquei há dois dias na Sicília, Itália.
Tenho tanta coisa para te contar, mas vou contar o
mais importante.
Fui ontem a um restaurante giríssimo. Tinha música
ao vivo, garçons lindos e comida otima. Depois apareceu um rapaz e pediu para
sentar-se ao pé de mim. Claro que eu aceitei. Ao menos tinha companhia ao
jantar.
Enquanto jantávamos falámos da minha vinda a Itália
e do que ele fazia na vida.
Ele é crítico gastronómico, por isso deu-me vários
conselhos sobre comida.
Logo após acabarmos de jantar, convidou-me para ir
dar uma volta ao porto, para vermos os navios. A noite estava linda, o céu
cheio de estrelas e a lua estava muito bonita.
A seguir fomos passear pelas ruas. Passámos por
várias pessoas interessantes, pintores a pintar belas paisagens, poetas a
recitar formosas poesias de amor, músicos a fazer duetos lindos, palhaços a pôr
sorrisos nas caras das pessoas.
Depois desta noite maravilhosa ele acompanhou-me ao
hotel onde estou hospedada e marcámos um encontro para breve. Tens que vir a
Itália.
Continuarei a mandar-te notícias desta fantástica
aventura.
Beijinhos
da tua amiga
Anna
PS: Volto ao Brasil dia 15.
Trabalho realizado por Anna Rios - 7º4
Subscrever:
Mensagens (Atom)